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Contabilidade do Conhecimento: a contabilidade do futuro com o capital intelectual

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-Desde os primórdios, o Capital Intelectual manifesta-se em todas as ações da vida, nas decisões e até mesmo na sobrevivência da espécie humana, e é a partir de bem pouco tempo que as organizações e seus administradores vêm percebendo a sua influência e suas implicações nos resultados empresariais. Os ativos intangíveis, como as qualificações dos funcionários, a tecnologia da informação e os incentivos à inovação, por exemplo, podem desempenhar papel preponderante na criação de valor para a empresa. Os sistemas tradicionais de mensuração, não foram concebidos para lidar com a complexidade desses ativos, cujo valor é potencial, indireto e dependente do contexto. Os ativos baseados no conhecimento devem ser avaliados com extrema cautela, porque seu impacto sobre o destino de qualquer negócio é tremendo. Para Sveiby (2000), muito mais do que contribuir para a valorização total da empresa, o conhecimento é à base de sua estrutura interna e externa.E este é um dos grandes problemas da contabilidade, mensurar este goodwill, pois existe muitas especulação quanto à supervalorização de empresas.

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CONTABILIDADE DO CONHECIMENTO: A CONTABILIDADE DO FUTURO COM O CAPITAL INTELECTUAL


AUTORIA: Maria Elisabeth Pereira Kraemer
Contadora, CRC/SC nº 11.170, Professora e Integrante da Equipe de Ensino e Avaliação na Pró-Reitoria de Ensino da UNIVALI – Universidade do Vale do Itajaí. Mestre em Relações Econômicas Sociais e Internacionais pela Universidade do Minho-Portugal. Doutoranda em Ciências Empresariais pela Universidade do Museu Social da Argentina. Integrante da Corrente Científica Brasileira do Neopatrimonialismo e da ACIN – Associação Científica Internacional Neopatrimonialista.


ENDEREÇO: Avenida Joca Brandão nº 111, Edifício Dona Emília, apto 902 - Centro. CEP 88.301-300 - ITAJAÍ – SC – BRASIL
E-mail: beth.kraemer@terra.com.br

TELEFONE/FAX: (0XX) 47-3446558


Contabilidade do Conhecimento: a contabilidade do futuro com o capital intelectual

Resumo

Desde os primórdios, o Capital Intelectual manifesta-se em todas as ações da vida, nas decisões e até mesmo na sobrevivência da espécie humana, e é a partir de bem pouco tempo que as organizações e seus administradores vêm percebendo a sua influência e suas implicações nos resultados empresariais. Os ativos intangíveis, como as qualificações dos funcionários, a tecnologia da informação e os incentivos à inovação, por exemplo, podem desempenhar papel preponderante na criação de valor para a empresa. Os sistemas tradicionais de mensuração, não foram concebidos para lidar com a complexidade desses ativos, cujo valor é potencial, indireto e dependente do contexto. Os ativos baseados no conhecimento devem ser avaliados com extrema cautela, porque seu impacto sobre o destino de qualquer negócio é tremendo. Para Sveiby (2000), muito mais do que contribuir para a valorização total da empresa, o conhecimento é à base de sua estrutura interna e externa.E este é um dos grandes problemas da contabilidade, mensurar este goodwill, pois existe muitas especulação quanto à supervalorização de empresas.

1 – Introdução

Os ativos intelectuais tornaram-se os elementos mais importante no mundo dos negócios. O valor contábil, como referencial econômico-financeiro das organizações modernas, está desatualizado, não diagnosticado eficientemente o patrimônio empresarial, principalmente das empresas do conhecimento, e, dessa forma, não atingindo a finalidade maior da contabilidade: a informação com qualidade.
O capital intelectual não se enquadra nos moldes contábeis tradicionais, por considerar inúmeras variáveis que não repercutem imediatamente nos resultados das empresas e, portanto, não são levadas em conta pela contabilidade atual.
O problema é que nos dias de hoje conforme Edvinsson & Malone (1998), os fatores clássicos de produção não são mais os principais responsáveis pela criação do valor de mercado. O capital em forma de imobilizado e o trabalho na velha concepção de mão-de-obra cedeu o lugar a fatores que, na falta de melhor expressão, designamos por intangíveis.
Entretanto, não podemos deixar de reconhecer a necessidade premente de mudanças e alguns ajustes nos sistemas e práticas contábeis para que essa nova realidade seja devidamente reconhecida e refletida nos registros contábeis.

2 – O Conhecimento como Gerador de Riqueza das Organizações

O conhecimento é a base principal de valorização nas organizações de hoje. Então o que poderá dar de errado em uma estratégia orientada para o conhecimento? Muito pouco. Um dos principais problemas para aqueles que desejam adota-la é o famoso fantasma da era industrial, que ainda assombra o mundo empresarial. A era industrial ainda vê as pessoas como custos e não como receitas. Mas como utilizamos, desenvolvemos, e estruturaremos continuamente o conhecimento dentro das organizações?
O conhecimento, material intelectual bruto, transforma-se em capital intelectual, a partir do momento que passa a agregar valor aos produtos/serviços. E esse capital é, em alguns casos, mais valioso do que o próprio capital econômico.
A diferença evidenciada entre as informações apresentadas nos relatórios contábeis e o valor de mercado de várias empresas aumenta cada vez mais, representando um verdadeiro abismo.
O novo milênio estará desafiando todas as organizações a mostrarem suas competências. As tarefas diárias exigem um alto grau de conhecimento e inteligência, no qual nos impedem de ter relacionamentos estreitos, os sistemas tem que ser cada vez mais abertos, igualitários e honestos. Os empregados têm que pensar conjuntamente para, em conjunto, explorar as oportunidades, os serviços e resolver os problemas. Porque a organização diz respeito à forma como estruturarmos os nossos relacionamentos, adequando a nova realidade, devido mudanças das nossas idéias sobre métodos e os padrões de organização.
O estágio atual para o futuro só é possível preparando as pessoas, educando-as, treinando-as, desenvolvendo-as, enfim, investimento em quem, de fato vai fazer essa transformação.

2.1 – Gestão do Conhecimento – A Chave da Vantagem Competitiva

A gestão do conhecimento surgiu na década de 1990, como uma proposta de agregar valor à informação e facilitar o fluxo interativo em toda a corporação. Ela desenvolve sistemas e processos que visam adquirir e partilhar ativos intelectuais. Reporta inevitavelmente ao uso pleno do conhecimento, direcionando-o como diferencial estratégico competitivo de sucesso. Aumenta a geração de informações que sejam úteis e significativas e promovam atividades, enquanto procura aumentar o aprendizado individual e grupal. Além disso, ela pode maximizar o valor da base de conhecimento da organização em funções diversas e localizações diferente.
Essa ferramenta como diz Rigby (2000) mostra que as empresas de sucesso não são um conjunto de produtos, mas sim de bases de conhecimento distintas. Esse capital intelectual é a chave da vantagem competitiva da companhia com seus clientes-alvo. A gestão do conhecimento procura acumular o capital intelectual que criará competências essenciais exclusivas e produzirá resultados melhores.
Com o enfoque da gestão do conhecimento começa-se a rever a empresa, suas estratégias, sua estrutura e sua cultura. Isso se dá num ambiente competitivo, onde a rápida globalização da economia e as melhorias nos transportes e comunicações dão aos consumidores uma gama de opções sem precedentes. Pressões sobre os preços não deixam margem para ineficiência. O ciclo de desenvolvimento de novos produtos é cada vez mais curto. As empresas precisam de qualidade, valor agregado, serviço, inovação, flexibilidade, agilidade e velocidade de forma cada vez mais crítica. As empresas tendem a se diferenciar pelo que elas sabem e pela forma como conseguem usar esse conhecimento.

3 – Capital Intelectual: Principal Fonte de Intangíveis nas Empresas e um Diferencial Competitivo em Relação aos Concorrentes

O termo capital intelectual teve sua origem na propriedade intelectual; os componentes de conhecimentos de uma empresa, reunidos e legalmente protegidos. É um conjunto de benefícios intangíveis que agregam valor às empresas.
Segundo Brooking, apud Antunes & Martins (2002), o capital intelectual pode ser dividido em quatro categorias:
Ativos de Mercado: potencial que a empresa possui em decorrência dos intangíveis que estão relacionados ao mercado, tais como: marca, clientes, lealdade dos clientes, negócios recorrentes, negócios em andamento (backlog), canais de distribuição, franquias etc.
Ativos Humanos: compreendem os benefícios que o indivíduo pode proporcionar para as organizações por meio da sua expertise, criatividade, conhecimento, habilidade para resolver problemas, tudo visto de forma coletiva e dinâmica.
Ativos de Propriedade Intelectual: incluem os ativos que necessitam de proteção legal para proporcionar às organizações benefícios tais como: know-how, segredos industriais, copyright, patentes, designs etc.
Ativos de Infra-Estrutura: compreendem as tecnologias, as metodologias e os processos empregados, como cultura, sistema de informação, métodos gerenciais, aceitação de risco, banco de dados de clientes etc.
Os fatores que geram o capital Intelectual de acordo com Brooking apud Antunes & Martins (2002), são:
- conhecimento, pelo funcionário, de sua importância para os objetivos da empresa;
- funcionário tratado como ativo raro;
- alocar a pessoa certa na função certa considerando suas habilidades;
- oportunizar o desenvolvimento profissional e pessoal;
- identificação do know-how gerado pela P & D;
- avaliar o retorno sobre o investimento em P & D;
- definir uma estratégia proativa para tratar a propriedade intelectual;
- mensurar o valor de marcas;
- avaliar investimentos em canais de distribuição;
- avaliar a sinergia resultante de treinamento e os objetivos corporativos;
- prover infra-estrutura e adequado ambiente de trabalho;
- valorizar a opinião dos funcionários;
- oportunizar a participação dos funcionários na definição dos objetivos da empresa;
- estimular os funcionários para a inovação.
Fica, assim, clara a importância do Capital Intelectual para o desenvolvimento das empresas, além de representar diferencial competitivo em relação aos concorrentes. A era atual, como diz Sá (2002) exige a capitalização de intelectos (no sentido de investimentos maiores em qualidade da inteligência agente sobre os capitais) na busca da eficácia comum dos mais importantes valores das células sociais e de aumento do valor efetivo da própria riqueza.

3.1 – Capital Humano – A Mina na Empresa


Fonte: Cinca (2002)

As pessoas geram capital para a empresa através de sua competência, sua atitude e sua capacidade para inovar. As competências incluem as habilidade e a educação e a atitude se refere às condutas. Porém é finalmente a capacidade de inovar, a que pode gerar mais valor para uma companhia. Tudo isto constitui o que chamamos de capital humano.

Constitui o capital humano o conhecimento acumulado, a habilidade e experiências dos funcionários para realizar as tarefas do dia-a-dia, os valores, a cultura, a filosofia da empresa, e diversos ativos intangíveis, ou seja, as pessoas que são os ativos humanos da empresa. A principal estratégia da empresa será de atrair, reter, desenvolver e aproveitar o máximo o talento humano, que será cada vez mais, a principal vantagem competitiva.
Para entender melhor o capital humano é preciso entender as habilidades que determinam qualquer tarefa, processo ou negócio, relacionadas abaixo:
Habilidade do tipo commodity: são as habilidades adquiridas, costumam não serem específicas de uma empresa e podem ter o mesmo valor para qualquer organização. É por exemplo, a habilidade de atender ao telefone.
Habilidades alavancadas: o conhecimento pode ser mais valioso para uma determinada empresa do que para outra. São específicas a um setor e não a uma empresa. Os programadores, por exemplo, da Andersen Consulting podem alavancar essa habilidade enquanto os do Bank of America só agregam valores aos seus funcionários.
Habilidades proprietárias: são os talentos específicos à empresa, em torno dos quais uma organização constrói seu negócio. Pode ser codificada em forma de patentes, direitos autorais, expertise. O Ritz-Carlton é o especialista em administração hoteleira.
A gestão do capital humano passa pelo levantamento do potencial humano, pela identificação das potencialidades estratégicas a desenvolver e pela capacitação necessária.
O capital humano, portanto, configurando-se como um grande referencial de sucesso no meio empresarial, é o que vai determinar o futuro da companhia. Sem um gerenciamento adequado deste requisito, nenhuma empresa terá sucesso com suas metas e objetivos e, conseqüentemente, não alcançará os resultados esperados. Muito menos poderá pretender manter-se competitiva no mercado.

3.2 - Capital Estrutural

Compreende os ativos intangíveis relacionados com a estrutura e os processos de funcionamento interno e externo da organização que apóiam o capital humano, ou, tudo o que permanece na empresa quando os empregados vão para casa.
Edvinsson (1997) propõe a seguinte divisão para o capital estrutural:
Capital organizacional abrange o investimento da empresa em sistemas, instrumentos e filosofia operacional que agilizam o fluxo de conhecimento pela organização, bem como em direção às áreas externas, como aquelas voltadas para os canais de suprimento e distribuição.
Capital de inovação refere-se à capacidade de renovação e aos resultados da inovação sob a forma de direitos comerciais amparados por lei, propriedade intelectual e outros ativos e talentos intangíveis utilizados para criar e colocar rapidamente no mercado de novos produtos e serviços.
Capital de processos é constituído por aqueles processos, técnicas (como o ISO 9000) e programas direcionados aos empregados, que aumentam a ampliam a eficiência da produção ou a prestação de serviços. É o tipo de conhecimento prático empregado na criação contínua de valor.
Para gerenciar o capital estrutural, é preciso uma rápida distribuição do conhecimento, o aumento do conhecimento coletivo menor tempos de espera e profissionais mais produtivos. A função da gerência da empresa é utilizar corretamente o capital estrutural, para que o mesmo aumente o valor para os acionistas.

3.3 – Capital do Cliente

É definido como o valor de sua franquia, seus relacionamentos contínuos com pessoas e organizações para as quais vende.
Para Sveby (1998), a escolha da empresa do conhecimento no que diz respeito a clientes, portanto, tem um significado estratégico vital porque o tipo de cliente com os quais uma empresa do conhecimento trabalha determinada tanto a qualidade quanto a quantidade de suas receitas intangíveis do conhecimento. Existem três tipos de clientes, segundo o mesmo autor.
os que melhoram a imagem, no qual suas referências e seus depoimentos são muitos valiosos;
os clientes que melhoram a organização, esses exigem soluções de ponta, melhorando a estrutura interna da empresa; e
os clientes que aumentam a competência, que contribuem com projetos que desafiam a competência dos funcionários, fazendo que os funcionários aprendam com eles.

4 – Gestão do Capital Intelectual




Segundo estudo do Financial and Management Acconting Committee (Técnica Contable) apud Baum & GonçalveS (2001) os conceitos básicos relativos à medida e gestão do capital intelectual estão relacionados a três aspectos:

Fonte: Pontes (2001)

Contexto econômico – o crescimento é maior nas indústrias e nações voltadas à criação, transformação e capitalização dos conhecimentos do que aquelas ligadas à exploração e utilização dos recursos naturais em seus processos. O conhecimento é um diferencial de competitividade.
Contexto Contábil – a contabilidade tradicional não está habilitada a medir aspectos da empresa quanto à capacidade de dirigentes e pessoal, o valor das informações, da capacidade tecnológica, potencial de mercado e investimentos em pesquisa e desenvolvimento.
Contexto Empresarial – a visão na gestão da empresa, a partir da atual era do conhecimento em relação à era industrial passa a ter o seguinte enfoque:


Aspectos Visão da era industrial Visão na era do conhecimento
Percepção do pessoal Fator de produção e custos Conhecimento como geração de riquezas
Fluxo de produção Baseado sobre processos Baseado sobre idéias
Benefícios s/ Inversões Tendência de baixa Tendência de alta pela criatividade
Base de poder Posição hierárquica Nível de conhecimento
Fluxo de informações Hierárquica Redes funcionais e operacionais
Fonte: Baum & GonçalveS (2001)

Para Stewart (1998) os ativos intelectuais de uma corporação, são geralmente três ou quatro vezes mais valiosos que os tangíveis que constam nos livros e diz que os passos para administrá-lo são:
- definir a importância do investimento intelectual para o desenvolvimento de novos produtos;
- avaliar a estratégia dos componentes e o ativo do conhecimento;
- classificar o seu portfolio: o que você tem, o que você usa, onde eles estão alocados;
- analisar e avaliar o valor do portfolio: quanto eles custam, o que pode ser feito para maximizar o valor deles, se deve mantê-los, vendê-los ou abandoná-los;
- investir baseado no que se apreendeu nos passos anteriores, identificar espaços que devem ser preenchidos para explorar conhecimento, defender-se da concorrência, direcionar a ação da empresa ou avançar na tecnologia; e
- reunir o seu novo portfolio de conhecimento e repetir a operação ad infinitum.
Encontra-se em desvantagem em relação às demais, as empresas que ainda não se deram conta do seu Capital Intelectual, pois não encontraram a importância do mesmo dentro do seu patrimônio. O primeiro passo para o gerenciamento deste capital é identificá-lo, para depois mensurá-lo.
Percebe-se então que o gerenciamento do capital intelectual é mais do que apenas o gerenciamento de conhecimentos. Gerenciamento do capital intelectual para Edvinsson (1997) é a alavancagem do capital humano e do capital estrutural em conjunto. Trata-se de um efeito multiplicador entre capital humano e capital estrutural. Isso posto, capital intelectual é uma função de gênero e de metas.
Desta forma, segundo Tinoco (1996), o valor gerado em decorrência do trabalho humano, constitui-se em um ativo que precisa ser devidamente contabilizado, mensurado, analisado e divulgado.

5 – Medição do Capital Intelectual

Durante a década de 90, as novas tendências de valorização das empresas centrou seu interesse no investimento e desenvolvimento um tanto complexa e abstrata em torno dos conceitos de aprendizagem organizacional, gestão do conhecimento, determinação e medição do capital intelectual comprometendo esforços e recursos identificando e reconhecendo a importância estratégica do capital intelectual para a obtenção das vantagens competitivas.
Para a estruturação, valorização, administração e medição do capital intelectual se tem desenvolvido os seguintes modelos, conforme López (2003):

5.1 - IAS 38 como resposta da contabilidade financeira na medição do capital intelectual
A Norma Internacional de Contabilidade – IAS 38 (2002), define os ativos intangíveis como não monetário, identificável sem substância física e usado no fornecimento de bens e serviços, desde que: seja controlado pela empresa como resultado de eventos no passado, e do qual sejam esperados benefícios econômicos futuros para a empresa. Um ativo é um recurso:
a) controlado pela empresa como resultado de eventos passados;
b) pelo qual se espera benefícios econômicos futuros para uma empresa
O ativo intangível deve ser reconhecido se, e somente se, existir uma probabilidade de que os benefícios econômicos atribuídos aos ativos ocorram e seu custo puder ser medido de forma confiável.
É um modelo limitado, que se fundamenta nos modelos de avaliação de custo histórico.

5.2 – Indicador Q-de Tobin - (Q=VM/CR)

Um dos enfoques iniciais para medir o capital intelectual foi o “q de Tobin”, técnica desenvolvida pelo Prêmio Nobel James Tobin. É a comparação entre o valor de mercado e o seu custo de reposição dos ativos. Este método prevê decisões de investimentos independente de influências macroeconômicas. Mesmo não sendo uma medida desenvolvida para medir especificamente o capital intelectual, é um bom referencial, ao comparar o valor de mercado da empresa e o custo de reposição de seus ativos.
STEWART (1998) diz que: se o “Q” for menor que 1 – ou seja, se um ativo vale menos que seu custo de reposição é improvável que uma empresa compre novos ativos do mesmo tipo; por outro lado, se o “Q” for maior que 1 – ou seja, um ativo vale mais do que seu custo de reposição, as empresas tendem a investir mais naquele tipo de ativo.
É possível calcular o “Q” de Tobin para ativos específicos, como veículos, máquinas, edificações, ou para empresa como um todo. Nas indústrias de software, onde o capital intelectual é abundante, o “Q” de Tobin tende para um número igual ou superior a 7 (sete) ou mais e nas companhias de capital físico, esse indicador tende para valores aproximado de 1 (um).
A vantagem desse indicador em relação à razão entre o valor de mercado e o valor contábil (VM/VC) é que elimina os efeitos de diferentes formas de avaliação do ativo. Enquanto a desvantagem é que está sujeito às mesmas variáveis externas que influenciam o valor de mercado.

5.3 – O modelo de SKANDIA

Desenhado por Leif Edvinson é uma forma de medir o processo de criação de ativos de uma empresa. Edvinson desenvolveu uma teoria de “capital intelectual” que incorpora elementos de Konrad e do “Balanced Scorecard” (Kaplan y Norton).
Nos modelos econômicos tradicionais se utiliza normalmente o capital financeiro unicamente, porém a empresa sueca Skandia propõe o “Esquema Skandia de Valor”, onde diz que o capital intelectual está composto por:
a) capital humano
b) capital estrutural
Edvinson & Malone (1998) propõe uma equação para calcular o Capital Intelectual da empresa, de modo que se podem realizar comparações entre empresas:
Capital Intelectual Organizacional = i x C, i = (n/X), onde:
C é o valor do capital intelectual em unidades monetárias;
i é o coeficiente de eficiência com que a organização está utilizando deste capital;
n é igual a soma dos valores dos novos índices de eficiência;
X é o número desses índices.
Os elementos desta equação se obtêm a partir de indicadores desenvolvidos para cada um dos cinco enfoques propostos pelo Navegador de Skandia.

5.4 – O modelo Balanced Scorecard

Este modelo consiste em um sistema de indicadores financeiros e não financeiros que tem como objetivo medir os resultados obtidos pela organização. O modelo integra os indicadores financeiros (do passado) com os financeiros (do futuro), e os integra em um esquema que permite entender as interdependências entre seus elementos, assim como a coerência com a estratégia e a visão da empresa. O modelo apresenta quatro perspectivas:

Fonte: Campos (2001)

Perspectiva Financeira - O modelo contempla os indicadores financeiros com o objetivo final; considera que estes indicadores não devem ser substituídos, e sim complementados com outros que reflitam a realidade empresarial. Exemplo de indicadores: rentabilidade sobre o capital, fluxos de caixa, análises de rentabilidade de cliente e produto, gestão de risco.
Perspectiva do Cliente - Tem como objetivo identificar os valores relacionados com os clientes, que aumentam a capacidade competitiva da empresa. Para isto, tem que definir previamente os segmentos de mercado, o objetivo e realizar uma análise de valor e qualidade destes.
Neste bloco os indicadores são um conjunto de valores de produto/serviço que se oferece aos clientes (indicadores de imagem e reputação da empresa, da qualidade da relação com o cliente, dos atributos dos serviços/produtos).
Os indicadores output se referem às conseqüências derivadas do grau de adequação da oferta nas expectativas do cliente. Exemplo: quota de mercado, nível de lealdade ou satisfação dos clientes.
Perspectiva de Processos Internos de Negócio - Analisa a adequação dos processos internos da empresa na obtenção da satisfação do cliente a conseguir altos níveis de rendimento financeiro. Para alcançar este objetivo se propõe uma análise dos processos internos desde uma perspectiva de negócio e uma predeterminação dos processos chave através da cadeia de valor.
Distinguem-se três tipos de processos:
® Processos de Inovação – Exemplo de indicadores: % de produtos novos, % de produtos patenteados, introdução de novos produtos na relação da competência.
® Processos de Operações – Desenvolvidos através das análises de qualidade e reengenharia. Os indicadores são relativos a custos, qualidade, tempos ou flexibilidade dos processos.
® Processos de serviço pós-venda – Indicadores: custos de reparação, tempo de resposta, etc.
Perspectiva de Aprendizagem organizacional - O modelo traz os valores deste bloco como um conjunto que direciona as outras perspectivas. Estes indicadores constituem o conjunto de ativos que adotam na organização da habilidade para melhorar ou aprender. Critica-se na visão da contabilidade tradicional, que considera a formação como um gasto, não como um investimento.
A perspectiva da aprendizagem e melhora é a menos desenvolvida, devido ao descaso avanço das empresas neste ponto. De qualquer forma, o modelo é relevante, já que deixa um caminho perfeitamente sinalizado e estruturado nesta perspectiva. Classifica os ativos relativos a aprendizagem e melhora em:
® Capacidade e competência das pessoas (gestão dos empregados). Inclui indicadores de satisfação dos empregados, produtividade, necessidade de formação.
® Sistemas de informação (sistemas que provêem informação útil para o trabalho). Indicadores: bases de dados estratégicos, software próprio, as patentes, etc.
® Cultura-clima-motivação para a aprendizagem e a ação. Indicadores: iniciativa das pessoas e equipes, a capacidade de trabalhar em equipe, etc.

5.5 – Tecnologia Broker

Annie Brooking, desenvolveu um modelo de medição de ativos intangíveis. As medidas de Capital Intelectual são úteis pelas seguintes razões:
® validam a capacidade da organização para alcançar suas metas;
® planejam o investimento e seu desenvolvimento;
® provêem informação para programas de reengenharia;
® provêem um foco para educação organizacional e programas de formação;
® calculam o valor da empresa;
® ampliam a memória organizacional.
O Modelo Tecnologia Broker supõe que a soma de ativos tangíveis mais o Capital Intelectual configuram o valor de mercado de uma empresa. A diferença deste modelo para os anteriores, é que revisa uma lista de questões qualitativas, sem chegar a definição de indicadores quantitativos, além de desenvolver metodologias para auditar à informação sendo um passo prévio para gerar a medição do Capital Intelectual.

5.6 – Valor Econômico Agregado

É uma medida de desempenho financeiro, que combina o conceito tradicional de ingresso residual com os princípios de finanças corporativas modernas, sustentando que todo capital tem um custo e que os ganhos mais o custo de capital criam valor para os acionistas.
As informações geradas pela Avaliação do Capital Intelectual são úteis para os gestores, já que lhes possibilitam: sistematização das informações; identificação e mensuração de indicadores financeiros e não financeiros; detalhamento da competência dos profissionais, geradores de receitas da organização; proporciona subsídios para tomada de decisões sobre pessoal, investimentos e clientes.

Para efeito de informação Sveiby (2002) oferece um resumo de 17 abordagens para avaliar o ativo intangível. Diz que é possível distinguir pelo menos 4 categorias de metodologias de avaliação, organizadas conforme a classificação sugerida por Luthy & Williams, apud Sveiby(2002).
Direct Intellectual Capital Methods (DIC) – estima o valor monetário dos ativos intangíveis pela identificação dos seus vários componentes que, quando estimados, podem ser diretamente avaliados de maneira direta ou como um coeficiente agregado.
Market Capitalization Methods (MCM) – calcula a diferença entre a capitalização de Mercado de uma companhia e os ativos dos acionistas (stockholders equity) como o valor de seus recursos importantes ou ativos intangíveis.
Return on Assets Methods (ROA) – a média das receitas antes dos impostos de uma empresa em um determinado período é dividida pela média de valor dos seus ativos tangíveis. O resultado é o ROA (retrun on assets – retorno sobre ativos), que é então comparado com a média do seu segmento. A diferença é multiplicada pela média dos seus ativos tangíveis para calcular a média anual de receitas dos intangíveis. Dividindo a média superior pelo custo médio de capital ou uma taxa de juros, pode-se obter uma estimativa do valor dos Ativos Intangível ou Capital Intelectual.
Scorecard Methods (SC) – os vários componentes de ativos intangíveis ou do capital intelectual são identificados e os indicadores e os deslocamentos predeterminados são gerados e relatados nos scorecards ou como gráficos. Os métodos do SC são similares aos métodos de DIC, pois se espera que nenhuma estimativa seja feita sobre o valor monetário dos Ativos Intangíveis. Um deslocamento predeterminado composto pode ou não pode ser produzido.
Sveiby (2002) diz que nenhum método pode atender todos os propósitos e necessidades; cada interessado deve selecionar o método mais recomendável conforme o propósito, a situação e o público interessado no trabalho (interno e externo).

Nome PrincipalProponent Categoria Descrição resumida
TechnologyBroker Brooking(1996) DIC O valor do capital intelectual é obtido com base no diagnóstico e análise das respostas de um questionário com 20 perguntas, cobrindo 4 componentes principais do capital intelectual
Citation-WeightedPatentes Bontis(1996) DIC Um “fator de tecnologia” é calculado com base nas patentes desenvolvidas por uma empresa. O capital intelectual e a sua performance são medidos com base nos impactos e esforços de desenvolvimento e pesquisa em uma série de índices, tais como o número de patentes e o custo das patentes em relação às vendas brutas, que possam descrever as patentes da empresa
Market-to-BookValue Stewart(1997)Luthy(1998) DIC O capital intelectual é considerado como a diferença entre o valor de mercado e o valor de livros (contábil) de uma empresa
InclusiveValluationMethodology(IVM) McPherson(1998) DIC Usa hierarquias de pesos e indicadores que são combinados e focados em valores relativos e não absolutos. Valor agregado Combinado=Valor Monetário Adicionado combinado com o Valor de Intangível Adicionado
The VallueExplorer Andriessen& Tiessen(2000) DIC Metodologia contábil para calcular e determinar valor a 5 tipos de intangíveis: (1) Ativos e talentos, (2) Habilidades & conhecimento tácito, (3) Valores e normas coletivas, (4) Tecnologia e conhecimento explícito, (5) Processos preliminares e da gerência
Intellectual AssetValuation Sullivan(2000) DIC Metodologia para obter o valor da Propriedade Intelectual
Tobin’s q Stewart(1997)Bontis(1999) MCM O “q” é a relação do valor de mercado de uma empresa (preço da ação x o número de ações para a substituição dos usos dos seus ativos. Mudanças em “q” fornecem uma representação para medir a performance efetiva ou não do Capital Intelectual de uma empresa).
Investor AssignedMarket Value(IAMV) Standfield(1998) MCM Valor Verdadeiro de Uma Empresa=Capital Tangível + IC Realizado + Erosão de + SCA
Economic VallueAdded (EVA) Stewart(1997) ROA Calculado pelo ajuste do lucro revelado de uma empresa com os custos relacionados aos intangíveis. As mudanças no EVA fornecem uma indicação sobre se o Capital Intelectual é ou não produtivo. Não ajuda a determinar o valor e sequer meios de gestão e controle
Human ResourceCosting(HRCA) Johansson(1996) ROA Calcula o impacto oculto dos custos relacionados a RH, que reduzem a lucratividade de uma empresa. O Capital Intelectual é medido pelo cálculo da contribuição dos ativos humanos mantidos pela empresa, divididos pelas despesas capitalizadas com salário.
CalculatedIntangible Value Stewart(1997)Luthy(1998) ROA Calcula o retorno adicional sobre ativos tangíveis e em seguida utilizadas esse número como uma base determinando a proporção de retorno atribuível aos Ativos Intangíveis
KnowledgeCapital Earnings Baruch Lev(1999) ROA Os ganhos de Capital de Conhecimento são calculados como a porção das receitas normalizadas sobre as expectativas de receita atribuíveis aos ativos contábeis (de livros)
Vallue AddedIntellectualCoefficient(VAIC) Pulic(1997) ROA Mede quanto e como o Capital Intelectual e Capital Empregado criam valor eficientemente baseados no relacionamento entre 3 componentes principais: (1) capital empregado; (2) capital humano; e (3) capital estrutural
SkandiaNavigator EdvinssonAnd Malone(1997) SC O Capital Intelectual é medido com a análise de até 164 medidas métricas (91 baseadas no intelectual e 73 nas medidas tradicionais), cobrindo 5 componentes: (1) financeiro; (2) cliente; (3) processos; (4) renovação e desenvolvimento e (5) humano
IC-Index Roos, Roos,DragonettiAndEdvinsson(1997) SC Consolida todos os indicadores individuais que representamPropriedades Intelectuais e seus componentes em um únicodeslocamento predeterminado. As mudanças nesse deslocamento são relacionadas às mudanças no valor de mercado (bolsa) da empresa
Intangible AssetMonitor Sveib(1997) SC A administração seleciona certos indicadores baseados nos seus objetivos estratégicos, objetivando medir 4 componentes principais: (1) crescimento (2) renovação; (3) eficiência; e (4) estabilidade. Parte desses princípios foi primeiramente e amplamente aplicados em 1986, na Suécia e até na formatação do Skandia Navigator
BalancedScore Card Kaplan andNorton(1992) SC O desempenho de uma empresa é medido pelos indicadores que cobrem 4 perspectivas principais de foco: (1) perspectiva financeira; (2) perspectiva do cliente; (3) perspectivas dos processos internos e (4) perspectiva de aprendizado. Os indicadores são baseados nos objetivos estratégicos da empresa
Fonte: Sveiby (2002)

6 – Capital Intelectual e a Contabilidade

Até hoje, a contabilidade vem utilizando métodos de avaliação desenvolvidos na economia para estabelecer os preços de transações. Fato compreensível no marco de uma interpretação contábil de natureza econômica. Em sua concepção mais profunda se tem utilizado fundamentalmente o valor de mercado das entidades negociadas em bolsa de valores e que, na maioria das vezes, superior a seu valor contábil, apontando certa falha da contabilidade na mensuração do valor patrimonial das entidades.
Quando uma empresa é adquirida por um valor superior ao seu valor contábil, essa diferença normalmente consiste em ativos intelectuais, por exemplo, o relacionamento com o cliente, previsão de receitas, valor da marca, etc; o que também é conhecido no meio contábil de Goodwill ou Fundo do Comércio.
A utilização dos Princípios Fundamentais de Contabilidade traz uma série de dificuldades para tentativa coerente de mensurar o Capital Intelectual. Para Edvinsson & Malone (1998), o valor do capital intelectual excede, por muitas vezes, o valor dos ativos que constam no balanço.
Neste sentido, torna-se claro que a mensuração das transações envolvendo o patrimônio de uma entidade, cuja função pertence a contabilidade, é muito complexa. Segundo Iudícibus (1998), o contador tem a coragem de atribuir mensuração aos elementos do ativo, passivo e PL, bem como aos fluxos de renda e de caixa. É, sem dúvida, a profissão mais arrojada, pois pretende traduzir em demonstrações contábeis, em números, notas explicativas e poucas evidenciações outras, uma realidade tão complexa quanto à da entidade. Por isso é tão criticada, pois não consegue agradar, nem aos tradicionalistas, muito menos aos que desejariam que o balanço retratasse o valor da entidade na data, algo que um eventual comprador consideraria, se quisesse adquiri-la. E ainda o mesmo autor diz que, quanto mais evoluirmos em nossa ciência, mais nos afastaremos do custo e mais nos aproximaremos do valor, sem, provavelmente, nunca alcançá-lo.
Os relatórios financeiros não informam aos investidores os investimentos feitos em ativos humanos por uma organização. A contabilidade convencional trata os investimentos em recursos humanos como despesas em vez de trata-los como ativos. Então isto significa uma distorção, porque empresa nenhuma investiria em capital humano, um ativo com benefícios futuros esperados, que agrega valor em seu produto e/ou serviço.
Portanto a contabilidade não tem levado em consideração, apesar da grande repercussão patrimonial, esses ativos como o faz com os demais ativos, na avaliação patrimonial e divulgação de suas informações.
O devido reconhecimento do Capital Intelectual nas Demonstrações Contábeis e nos demais relatórios emanados da Contabilidade aumentaria enormemente o potencial informativo a fim de atender necessidades específicas nas fases de planejamento, execução, controle e tomada de decisão. Então a contabilidade deve esforçar-se para identificar e mensurar tais itens, pois isto é de suma importância tanto gerencialmente quanto para seus usuários externos.


7 – Incidência do Capital Intelectual para tomada de decisões

É claro que a contabilidade financeira tradicional, sobre as bases de medição que hoje existe, está longe de servir de apoio a tomada de decisões no âmbito da nova economia e dos processos de negócios e que não está com capacidade de medir nem reprimir.
Por isto existem modelos alternativos (contabilidade administrativa) que tem permitido sanar esta situação através de medição sobre outras bases distintas desde o ponto de vista financeiros e não financeiro. Tal é o caso do modelo Balanced Scorecard, que estipula modelos de medição através da metodologia dos indicadores de gestão financeiros e não financeiros.

8 – Conclusão

Com as mudanças econômicas, tecnológicas, políticas e sociais, houve uma profunda alteração da estrutura e valores da sociedade. Nessa nova era, o conhecimento passou a ter uma importância fundamental em todas as atividades econômicas, como seu principal ingrediente.
O problema todo consiste em mensurar esse capital intelectual. A grande questão é saber como identificar e disseminar o conhecimento gerado dentro da empresa, promovendo a transformação de material intelectual bruto gerado pelos ingredientes da organização em Capital Intelectual, e que garanta uma trajetória de crescimento e desenvolvimento.
Sabe-se que existe a consciência da necessidade de continuar com estudos e definições, a fim de tornar o Capital Intelectual uma ferramenta gerencial cada vez mais eficiente, ou mesmo uma demonstração como parte integrante das Demonstrações Contábeis, pois o modelo tradicional de Contabilidade, que descreveu com tanto brilho as operações das empresas durante meio milênio, não tem conseguido acompanhar a revolução que está ocorrendo no mundo dos negócios.
Apesar das dificuldades encontradas na busca da mensuração desse grande ativo que é o capital intelectual, a ciência contábil está procurando dar a sua contribuição em mais uma tarefa árdua de avaliação de todos os elementos que interagem sobre o patrimônio.
Todavia, não podemos deixar de reconhecer premente de mudanças e alguns ajustes nos sistemas e práticas contábeis para que essa nova realidade seja devidamente reconhecida e refletida nos registros contábeis. Na verdade, as informações sobre o capital intelectual vêm a complementar e ampliar as informações contábeis atuais.

9 – Referências Bibliográficas

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Insertado por: Maria Elisabeth Pereira Kraemer (30/09/2005)
Fuente/Autor: -Maria Elisabeth Pereira Kraemer
 

          


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